quarta-feira, 1 de maio de 2013

Tudo sobre Cacatuas




Se pensa adquirir um animal desta espécie, tente conhecer primeiro a sua origem. É fundamental comprar um animal criado em cativeiro. Estes são afetuosos e brincalhões com o dono, tornando-se extremamente doces quando se tem muito tempo para lhes dispensar.



Um animal capturado na Natureza é normalmente um problema sério, já que vai sentir a falta dos seus pares e fazer a vida negra aos donos, porque sofre imenso com essa perda. Felizmente, o controlo cada vez mais apertado das autoridades tem tornado esse negócio um caso em vias de extinção. 

Hábitos
O que torna a Cacatua particular é a sua crista, que levanta e baixa, dependendo do seu estado de humor.

Como são aves de grande porte, tudo nelas é proporcional, incluindo o barulho que fazem! 

Outro aspecto a ter em conta, é a inteligência destes bichos, aprendem com muita facilidade a abrir gaiolas, e a pegar em pequenos objectos como isqueiros, canetas, relógios, entre outros, portanto tem de deixar estas pequenas coisas longe do seu alcance.

Uma das formas de ultrapassar este problema é ter alguns brinquedos próprios para ela, na sua falta, pode dar-lhe nozes ou castanhas para se entreter.

Se se sentirem negligenciadas, tendem a arrancar as penas e a destruir tudo o que tenham à volta, sejam plantas, mobília, electrodomésticos, ou mesmo roupa.

Esperança de vida
Uma Cacatua pode viver entre 23 e 80 anos, antes de fazer a sua aquisição pense nisso, já que, muito provavelmente, vai deixá-la como herança as seus filhos e netos.

Alimentação
A alimentação destas aves deve ser adquirida em casa da especialidade, e devem ser considerados ainda suplementos de frutas.

Quando estiver calor, borrife as suas penas com um borrifador próprio. Na Natureza, estas aves vivem em ambientes muito húmidos, pelo que sentem necessidade desses borrifos. 

Tamanho
As espécies mais pequenas podem atingir cerca de 35 cm e as maiores 70cm

imitadora da fala humana, capaz de acrobacias e de se afeiçoas às pessoas, além de elegante e vistosa, esta ave vem conquistando espaço como companheira de estimação.

Na Europa e especialmente nos EUA, onde é reproduzida em cativeiro há anos, já se tornou bem popular, sendo os norte-americanos um dos maiores exportadores. Nestes países, há brinquedos e gaiolonas sofisticadas especialmente fabricados para ela, diversas publicações e vídeos sobre sua criação, como os que ensinam a amansá-la e a fazer truques: andar de patins, pegar objetos etc. Seu preço não é nada em conta. Dependendo da espécie, pode variar de 1.900 reais a 15.000 reais. É criada na mão desde filhote para facilitar suas habilidades de ave de estimação, sendo este um dos motivos do seu alto preço.

No Brasil, o fenômeno Cacatua ainda não decolou. A reprodução é obtida apenas por alguns criadores e zoológicos. As disponíveis nas lojas comumente são importadas. Muitas delas vêm de criadouros estrangeiros, onde se procria a maioria das espécies. As pegas na natureza (Indonésia e Austrália) são controladas por legislação protecionista.
 

CRISTA

O nome Cacatua vem do malaio Kakatua, que significa Papagaio Grande (em inglês, Cockatoo), pois o porte dela pode atingir de 30 a 70 cm de comprimento. A maior parte das espécies possui uma charmosa crista (de tamanho, cor e forma específicas), que é erguida ou abaixada quando a ave está excitada ou alarmada. Em algumas, a plumagem é especialmente vistosa.
Devido ao porte relativamente grande, exige espaço em gaiolões individuais para ficar dentro de casa ou viveiro maior para reprodução (veja Ficha). No entanto, como é bastante ativa, se criada em espaço reduzido, necessita entretenimento e constante ocupação. Do contrário, pode desenvolver vícios como o de gritar alto, de destruir com o bico tudo ao redor e até de arrancar as próprias penas. A solução é mantê-la ocupada com coisas para bicar e mastigar: poleiros e brinquedos de madeira ou os importados próprios para ela; ossos de couro de boi para cães e alimentos de "difícil acesso", como nozes, sementes, castanhas, vagens etc. Por causa de tal comportamento de sua monogamia, aconselha-se, de preferência, manter um casal. Se for mais de um par, devem ser mantidos distantes, pois costumam se agredir causando ferimentos e até morte.
Existem algumas variações de comportamento entre espécies, que merecem atenção pois influem diretamente na criação. Há, por exemplo, as que têm mais facilidade em aprender a falar, as bem barulhentas e as que se apegam tanto ao dono que não admitem ser manipuladas por outras pessoas (veja Ficha).
 

HABITAT

O bico dessa ave é bem forte e geralmente pesado, permitindo comer todo o tipo de castanhas, grãos, sementes, além de folhas, flores, frutas e insetos e suas larvas.
Algumas espécies se alimentam exclusivamente nas árvores e outras também no chão. Em seu habitat, pode ser encontrada aos pares na época da reprodução e, fora dela, em bandos pequenos ou grandes, de centenas de exemplares, à procura de alimento. Faz seu ninho nos ocos das árvores. Como adora água, costuma sair batendo as asas durante a chuva ou esvoaçar entre a folhagem molhada depois da tempestade. É geralmente bem ruidosa - emite um peculiar silvo quando contente ou ameaçada.
Pode viver muito. Se tratada com os devidos cuidados chega a durar de 40 a 80 anos. Por isso, antes de comprar, lembre-se que a escolhida poderá passar o resto da vida em sua companhia.
 

ESPÉCIES

São 5 gêneros que totalizam 17 espécies e mais 15 subespécies (base: Parrots of the World. ed. 1981):
1) Gênero Cacatua Calyptorhynchus, chamadas Cactuas Pretas: espécies Black (C. funereus) de 67 cm: Red-tailed (C.magnificus) de 60 cm e Glossy (C.lathami) de 48 cm; 2) Cacatua Cacatua conhecidas como Cacatuas Brancas: Major Mitchell (C.leadbeateri) de 35 cm, corpo rosa claro, asas brancas e crista branca, vermelha e amarela; Lesser Sulphurcrested ( C.sulphurea) de 33 cm, plumagem branca com crista amarela, curvada para frente; Sulphur-crested (C. galerita) de 50cm, parecida com a C.sulphurea na plumagem e na crista; a Blue-eyed (C.ophtalmica) de 50 cm, semelhante à C.galerita, mas com crista amarela voltada para trás e anel azul ao redor dos olhos; Salmon-crested (C. moluccensis) de 52 cm, corpo rosa claro e salmão e crista pink; a White (C.alba) de 46cm, corpo e crista brancos; e as de menor porte com cristas e bicos reduzidos - Red-vented (C.haematuropygia) de 31 cm; Goffin’s) de 32; Little Corella (C.sanguinea) de 38; Long-billed (C.tenuirostris) de 38 e a Ducorps (C.ducorpsii) com 31;
3) Cacatua Probosciger: Palm (P.aterrimus) de 60cm, plumagem preta-azulada, bochecas nuas e vermelhas, bico grande; 4) Cacatua Callocephalon, Gang-Gang (C.fimbriatum) de 34 cm, plumagem cinza, o macho com crista vermelha, de penas filamentosas, curvadas para frente e 5) Cacatua Eolophus: Galah (E.roseicapillus) de 35 cm, crista e parte da cabeça rosa-clara, corpo pink e asas cinzas. Há 15 subespécies com pequenas variações na crista, porte, bico etc.

 

FICHA

Compra: com cerca de 3 meses para que se acostume melhor com você e aprenda mais fácil a falar.
Comportamento: C.Galerita - se dá com gente, fala bem, tem voz clara, aprende truques. C.Sulphurea - muito apegado ao dono, evita outras pessoas, dócil, tímida, ideal para lar calmo. C.moluccensis - barulhenta, fala bem com voz rouca, adora roer, se dá bem com pessoas. E.roseicapillus - fácil de manter, fala bem, adora roer. (dicas de Glória Allen).
Alimentação: diária, por ave, 150 a 200g de mistura - composta de girassol (10%), milho verde cru (40%) e grãos (50%) submetidos a 24 horas de molho e fervidos por 10 minutos, deixando escorrer a água (trigo, cevada, aveia, arroz com casca, cevada, sorgo, centeio, feijão, ervilha, soja) mais 150 a 200g de frutas com casca, verduras com o talo (excluir alface que dá diarréia) e legumes, tudo picado. Varie 3 itens de cada (grãos, frutas, verduras e legumes). Acrescente ração industrializada canina (20g), 3 vezes por semana e, na procriação, semente e grão germinados, que têm mais vitaminas).
Instalação: Gaiola grande evita o excesso de "roídas". Interna - gaiolão individual (60cm de profundidade x 60 de largura x 60 de altura, no mínimo) ou viveiro (120 x 60 x 60 cm) com fio 14 e malha espaçada em 2,5cm. Externa - viveiro sem vigamento de madeira (roem), chão de cimento um pouco inclinado, com 7,2 x 1,8 x 2,4 m no mínimo (Stan Sindel e Robert Lynn) ou 3,5 x 2 x 2,50 m (zoológico de São Paulo). Para reprodução - viveiro de 3 x 1,2 x 1,2m, erguido a 1,20 m com apoio de ferro ou concreto. Fechado dos 6 lados com tela igual, formando um ambiente no fundo, fechado por folhas de zinco que avançam 1 metro pelas laterais e coberto por telhas de barro, com a frente para o Norte para pegar sol matinal. Poleiros de galho, ásperos e redondos com 2 a 6 cm de diâmetro. Comedouro e bebedouro de cerâmica esmaltada ou aço inox, instalados a 1 metro do chão.
Reprodução: com 4 a 5 anos. Bota de 2 a 5 ovos que incuba por cerca de 30 dias. O macho ajuda a chocar e alimentar os filhotes. Estes comem sozinhos a partir dos 4 meses, em média. Para amansar separe dos pais com 15 a 25 dias e alimente na mão a cada 2 horas. Ninho externo de caixa de madeira dura, como eucalipto, de 60 x 60 x 60cm (zoológico de São Paulo). Ou de 1 m x 30 x 30cm ou interno, de tronco oco de árvore com cerca de 1 m x 30 cm de diâmetro, vertical, parcialmente inclinado, com entrada no topo (Stan Sindel e Robert Lunn). Entrada sempre de 30 cm. O casal pica lascas de madeira e forra o ninho.
Saúde: manter instalações limpas. Propensão a doenças respiratórias. Evite correntes de ar.
Importação: é preciso licença do país exportador


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