sexta-feira, 26 de abril de 2013

Cães e gatos podem usar protetor solar?




Cães e gatos, assim como as pessoas, necessitam de proteção solar . Muitas raças possuem a pele sensível e sofrem danos causados pela exposição excessiva às radiações solares. Principalmente os animais albinos, de pele clara, despigmentada e com pouca cobertura pilosa, podem sofrer queimaduras solares e desenvolver sérios problemas dermatológicos.
Algumas patologias cutâneas têm relação direta com o fato dos animais ficarem expostos à radiação ultravioleta (UV). Processos inflamatórios resultantes da exposição aos raios UV incluem liberação de ácido araquidônico e seus metabólitos, aumento de radicais livres e danos celulares imediatos e tardios. Uma das consequências mais graves da dermatite causada pela exposição prolongada à radiação solar é o melanoma ou câncer de pele.
A Dermatite Solar Canina é decorrente de uma reação actínica na pele branca, pele clara ou pele lesada (áreas despigmentadas ou cicatriciais) que não estejam suficientemente recobertas por pelos (1,2). A condição desenvolve-se quando a pele fica exposta à luz solar direta ou refletida e se a fotoproteção intensa começar precocemente, a lesão poderá curar-se precocemente.
Embora as regiões como focinho e extremidades das orelhas sejam as regiões mais atingidas pela radiação solar e mais suscetíveis às lesões actínicas, outras áreas do corpo também necessitam de proteção . Tanto que as raças de cães mais predispostas à dermatite solar do tronco incluem o Dálmata, Staffordshire Terrier Americano, Boxer branco, Bull Terrier branco e Wippet.
A Dermatite Solar Felina é uma dermatite actínica de orelhas brancas e, ocasionalmente acomete pálpebras, nariz e lábios de gatos, provocada por frequente exposição à radiação UVB (2, 3, 4). A doença ocorre mais comumente em gatos brancos ou em gatos coloridos com áreas cobertas por pelagem branca na face e nas orelhas. Os sinais clínicos mais precoces são eritema e descamação fina da margem da orelha, pois a pelagem nesta área é escassa, tornando-a ainda mais suscetível à radiação solar. As lesões avançadas consistem em eritema grave da orelha, destacamento da pele e formação de crostas marginais.
O tratamento clínico das dermatites solares para evitar o surgimento de novas lesões e o agravamento das já existentes, principalmente nos casos crônicos em que a sensibilidade solar é extrema (2), consiste em evitar a exposição à luz solar direta, sendo essencial a utilização de protetor solar com Fator de Proteção Solar acima de 15 e resistente a água.
FPS (Fator de Proteção Solar) é definido como sendo a relação entre a quantidade de energia ultravioleta (UV) requerida para provocar vermelhidão (eritema) na pele protegida, em relação à mesma dose de radiação ultravioleta em uma pele sem proteção.
O eritema provocado pela exposição à radiação UV é proporcional à quantidade de radiação que incide sobre a pele. Por isso, os produtos que apresentam alto FPS e contêm filtros físicos e químicos, conferem maior eficácia.

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